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No pré-jogo de Fluminense x Cuiabá, a psicóloga Emily Gonçalves voltou ao Boteco Brahma Tricolor. Gabriel Teixeira garantiu o triunfo por 1 a 0 no confronto válido pela 2ª rodada do Brasileirão, em São Januário, depois de ter sido assunto na atração da FluTV e provocado uma discussão acerca da ansiedade no esporte.
"Tinha ansiedade para marcar o gol. O futebol não dá tempo para o atleta passar pelo processo de ansiedade. À medida que ele consegue executar o que quer, vai ganhando confiança. Todo mundo vê como o grupo abraça os Moleques de Xerém. Isso faz a diferença, porque dá confiança e promove o pertencimento. A comunicação dentro de campo favorece os lances positivos", disse.
"A ansiedade pode ser facilitadora, porque nos deixa em prontidão, nos dá responsabilidade. A questão é a educação emocional. A ansiedade é sempre vista como a vilã da história. Mas quem é que não sente? Quem está vivo, sente. Tem que saber controlar. E, em se tratando de jogos decisivos, a preparação mental é um dos pontos mais importantes".
Na sequência, a profissional revelou que considera normal a ansiedade e explicou como é que se dá o seu controle pelo jogador. "O atleta que entrar em campo sem um pouquinho de frio na barriga, tem algo diferente. É a sensação da responsabilidade e da disponibilidade de fazer o seu melhor".
"A respiração é uma das técnicas. Eu sempre falo que a respiração é uma aliada. O pré-jogo é importante. O aquecimento já é o jogo. É preciso um bom aquecimento, focado nos movimentos, na respiração, com os comandos do preparador físico. Tem que construir a imagem mental do jogo, sobre como quer jogar, focando naquilo que deseja realizar, em vez do que tem medo de que aconteça".
Emily ganhou ainda mais visibilidade entre os tricolores ao ser homenageada por Caio Paulista, quando marcou seu primeiro gol pelo clube. "Ele acreditou que poderia fazer. Então, não foi por mágica da psicóloga. Não queria que a Psicologia fosse vista desta maneira. Foi pela integridade e pelo esforço do Caio. Ele é merecedor do que está vivendo", destacou.
"Eu fico feliz pelo reconhecimento. Não só meu, mas da Psicologia do Esporte. As pessoas veem como algo só para quem tem problema. Também é para desenvolver habilidades positivas. A questão do Caio foi muito mérito dele. Eu só fui uma facilitadora. Ele acreditou nele, no processo e nos companheiros".
Ao destrinchar o trabalho realizado nas categorias de base, a psicóloga ressaltou a preocupação em impedir a queima de etapas. "Parece que, às vezes, esquecemos que é um ser humano ali. Precisamos lembrar que é alguém que pode estar vivendo uma dificuldade. As pessoas não sabem exatamente o que acontece dentro do clube. Entendemos a paixão, que as pessoas querem o melhor. Mas precisamos lembrar que é um ser humano, com sua história. Não podemos apagar uma história", ponderou.
"Tem a ansiedade pelo futuro, a preocupação com o externo… Todo mundo quer ser amigo e dar conselhos. É importante que se foque nas instruções dentro do clube. Preparamos o atleta não só para dentro de campo. Às vezes, o extracampo atrapalha até mais. Porque o grau de maturidade é um processo. Tem o contexto familiar e outras variáveis que podem prejudicar o desenvolvimento".
Emily ainda elogiou o ambiente no CT e expressou sua visão sobre a liderança exercida por Fred. "Ele coloca a equipe à sua frente. Hoje, eu consigo ver o jogo com habilidades que elevam o bem-estar. A generosidade dele fala dentro de campo. Não só no jogo, mas nos treinamentos. É um dos grandes diferenciais, porque promove o bem-estar, encoraja e potencializa os atletas. A gratidão é uma das habilidades que elevam o potencial de uma equipe".
"O ambiente é realmente positivo, o que facilita. Tem questões, discordâncias… São seres diferentes. Mas o ambiente abraça e causa uma integração. Entende-se que quem está chegando, vai colaborar. Dá para ver que os atletas já estão adaptados".
No encerramento do programa, a convidada, contratada como estagiária em 2007, reiterou sua gratidão pelo reconhecimento do departamento que coordena no Flu. "Abrir espaço para a Psicologia do Esporte é importante. Reforço que o nosso trabalho é para potencializar o atleta, não só do ponto de vista do problema. Agradeço a instituição por nos deixar crescer. Hoje, temos em Xerém uma psicóloga por categoria. Brinco que é o nosso maior troféu. Nós crescemos juntos. Ninguém cresce sozinho".
Texto: Flu-MemóriaFoto: Reprodução FluTV
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