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O dia 25 de junho de 1995 é inesquecível na vida de muitos torcedores do Fluminense. Naquele dia, a vitória por 3 a 2 sobre o Flamengo, com o épico Gol de Barriga protagonizado por Renato Gaúcho, entrava para a história do Tricolor como uma de suas conquistas mais marcantes. Neste domingo (17/05), a Band vai exibir novamente esta partida na íntegra, às 14h (de Brasília), com narração e comentários originais, de Januário de Oliveira e Gérson Canhotinha de Ouro.

Em meio a quarentena causada pela pandemia do Covid-19 no Brasil, estas reexibições de jogos marcantes são uma forma de manter a proximidade entre as torcidas e seus times. Pensando nisso, o Fluminense resolveu proporcionar ao seu torcedor uma experiência nova para reviver este jogo: uma venda de ingressos simbólica. Com valor de R$ 3,50 para sócios e R$ 7,00 para não sócios, toda a renda arrecada será revertida em cestas básicas para funcionários do clube.

A ação, que faz parte das comemorações dos 25 anos da conquista, já é sucesso entre os torcedores. A sócia Gisele Felix, de 40 anos, estava no Maracanã em 1995 e considera aquela partida como o marco que a faz amar de vez o Fluminense. Ela já garantiu seu lugar novamente nesta reexibição e, desta vez, vai estar ao lado de seus filhos.

- Essa ação foi um presente. Sou sócia e já comprei dez ingressos. Vai ser ótimo, ainda mais com a narração do querido Januário de Oliveira. Vou assistir com os meus filhos João Pedro e Natália, de sete e três anos. Vou tentar passar um pouco da emoção que senti aquele dia para eles - conta Gisele.

Gisele e o ídolo Renato Gaúcho, em Laranjeiras, em 1996 (Arquivo Pessoal)

O inesquecível Gol de Barriga

Para os tricolores que viveram este momento, a final do Carioca de 95 é inesquecível. Gisele, que tinha 14 anos na época, relembra como foi o dia 25 de junho de 1995 para ela. Ela foi ao jogo com seu irmão, que havia a acompanhado nos outros Fla-Flus daquele mesmo campeonato (0x0, 3x1 e 4x3).

- A cidade parecia respirar aquele jogo. Chegando no estádio, a adrenalina disparou. O estádio cheio, a torcida vibrante e quando a partida começa, um baile nosso. Parecia um sonho. A sensação era de que o Fluminense era imbatível. Nem o melhor jogador do mundo era capaz de pará-lo. Éramos só sorrisos. Até que, de repente, tudo mudou. Tomamos dois gols, e aquele empate era um pesadelo. Ficamos tensos, perdemos jogadores expulsos e a festa estava do outro lado. Só faltava o apito final - disse.

Com o Fluminense abrindo 2 a 0 no placar, o título estava perto. Mas o rival buscou o empate e ainda tinha dois jogadores a mais em campo. O sonho de conquistar o Carioca foi escorrendo pelas mãos da torcida tricolor. Até que Aílton recebeu pela direita, driblou duas vezes, bateu cruzado e a bola tocou na barriga de Renato Gaúcho antes de entrar. Gisele recorda este lance e a sensação inesquecível.

- Fiquei triste, mas não desisti. Esperamos até o fim, apesar de tudo, era o Fluminense. E foi mesmo. Aquele gol foi uma catarse. Só me lembro de começar a chorar e abraçar um monte de gente que eu nunca tinha visto. Vi pessoas rolando pela arquibancada. Eu chorava e chorava. Gritamos alto, forte, todos abraçados, felizes e vibrantes - conta Gisele.

Com apenas 14 anos, Gisele viveu um momento mágico. Um título conquistado contra um rival, nos minutos finais e com um gol épico. Não tinha como, ela estava predestinada a ser Tricolor. E este é o dia que ela marcou em sua vida como a consolidação do seu amor pelo Fluzão.

- Foi ali que eu tive certeza do meu amor pelo Fluminense. Era uma adolescente, ainda aprendendo sobre futebol, mas encantada com tudo o que tinha acabado de presenciar. Foi lindo, inesquecível.. Foi mágico.

Assim como Gisele, milhares de tricolores viveram aquele momento no Maracanã em 1995. Neste domingo (17/05), a ação feita pelo Fluminense proporciona a chance de quem esteve lá reviver este momento e, quem não esteve, participar de uma maneira diferente. Sócios podem check-in normalmente pelo Portal do Sócio e não-sócios podem adquirir seu ingresso pelo site fluminensefc.futebolcard.com.

Texto: Comunicação/FFC
Fotos: Acervo Flu-Memória