O Fluminense inaugurou as salas sensoriais do Maracanã que recebem pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), na partida contra o Botafogo, neste domingo (28/09). Os espaços, localizados no quinto andar do Setor Oeste, permitem um atendimento eficiente e personalizado para facilitar a regulação sensorial e o bem-estar dos torcedores.

As salas sensoriais funcionam como um local seguro de apoio e acolhimento para as pessoas com TEA, com o objetivo de tornar a experiência de ir a um estádio de futebol confortável para todos. Antes da bola rolar, o presidente Mário Bittencourt visitou o local e falou sobre a importância da inauguração do espaço.

“Ficamos muito felizes, porque é um trabalho que fazemos há bastante tempo de acompanhamento dessa causa, que é muito importante, não só para os torcedores do Fluminense, mas para os de todos os clubes. É muito importante que nós nos preocupemos com isso e que possamos dar todo conforto, assistência e apoio psicológico a essas crianças e adultos, que são nossos torcedores e merecem ter um lugar aqui no Maracanã, onde possam ser acolhidos e se sentirem confortáveis. Que o Fluminense possa cada dia mais estar envolvido em causas de inclusão não só para torcedores do Fluminense, mas para toda a sociedade”, disse o presidente Mário Bittencourt.



Para tornar o ambiente confortável para os usuários, o espaço conta com iluminação suave, som controlado e abafadores de ruído, além de áreas de regulação inspiradas nos vestiários e elementos táteis e visuais com bolas e texturas.

Terapeuta responsável do movimento Autistas Flu e mãe de Gustavo Figueiredo, membro do grupo, Priscilla Figueiredo considera a inauguração da sala um momento histórico.

“O sentimento é de muita emoção, estamos muito felizes por poder participar desse momento histórico para as famílias, principalmente do Movimento Autistas Flu. Agora eles realmente têm um lugar onde podem assistir aos jogos de forma mais confortável, sem nenhuma sobrecarga sensorial. A sala está super de acordo, funcional, aconchegante. É um espaço que vai acolher a todos. A primeira vez que o Gustavo veio ao Maracanã foi para assistir a um Fluminense x Botafogo e precisamos ir embora no meio do jogo, porque ele não deu conta dos barulhos e da hipersensibilidade sensorial. Estar aqui no mesmo jogo, dentro da sala que eu sei que ele vai assistir ao jogo de uma forma acolhedora e confortável, está sendo uma emoção em dobro”, declarou Priscilla Figueiredo, terapeuta responsável da Autistas Flu e mãe do Gustavo.



A criação do espaço reflete o compromisso do Maracanã em atender as necessidades de todos os torcedores e as legislações que asseguram a inclusão. As salas sensoriais cumprem a Lei Brasileira de Inclusão – LBI (Lei nº 13.146/2015), que garante direitos e acessibilidade para pessoas com deficiência; a Lei Municipal do Rio de Janeiro (Lei nº 7.973/2023), que obriga a criação de espaços sensoriais para pessoas com Transtorno do Espectro Autista em estádios; a Lei Estadual do Rio de Janeiro (Lei nº 10.296/2024), que estabelece a criação de “Salas do Bem” em locais públicos e privados, incluindo estádios; e a NBR 9050 da ABNT, norma brasileira que regulamenta a acessibilidade arquitetônica.



Texto: Comunicação/FFC
Fotos: Marina Garcia/FFC

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