Há 25 anos, em uma partida épica, o Fluminense era campeão Carioca em um jogo com a cara dos Guerreiros Tricolores. Emocionante e com cinco gols - o último deles depois que Renato Gaúcho desviou com a barriga um chute do meio campo Ailton. Hoje é dia de comemorar e enaltecer a data de uma histórica vitória do Fluminense por 3 a 2 sobre o Flamengo, em um Maracanã lotado.
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Favorito ao título, o time da Gávea comemorava o ano do seu centenário, com a contratação de Romário, recém-chegado do Barcelona como maior jogador do mundo na época. O Botafogo havia renovado com Túlio Maravilha, artilheiro do Brasileiro de 1994. O Vasco era o atual Tricampeão e buscava um inédito Tetracampeonato. O Flu, liderado por Renato Gaúcho, não era visto pela crônica esportiva como um time que pudesse ser campeão.
- O grupo estava sofrendo muito, todos sabiam da situação do clube. A mídia não confiava e ninguém acreditava no nosso plantel. Era improvável que o Fluminense pudesse chegar à final. Oscilamos muito dentro da competição, eu acho que por conta disso, demos margem para que a desconfiança surgisse. Mas é muito bom superar tudo isso com um grupo maravilhoso, que deixou de lado a parte financeira e focou somente em conquistar o título. Um time de Guerreiros, simples e de pessoas renegadas. Tenho certeza que nós escrevemos o nosso nome na história do clube - relembra o meia Aílton, autor do chute que encontrou, na barriga de Renato Gaúcho, o caminho das redes.
O Flamengo começou o octogonal com três pontos ganhos: dois por ter vencido o primeiro e o segundo turno da fase classificatória pelo Grupo B e um pela conquista da Taça Guanabara. O Vasco iniciou o octogonal com um ponto extra, por ter vencido o primeiro turno da fase classificatória do Grupo A. Já o Botafogo, chegava também com um ponto, por ter vencido o segundo turno da fase classificatória pelo Grupo A.
O Fluminense se recuperou e na fase final conseguiu o direito de disputar o título. E esse foi o grande problema para o Flamengo, campeão da Taça Guanabara, porque o Fluminense foi o seu carrasco durante todo campeonato. Em três jogos, duas vitórias para o Fluminense e um empate. Seria, na rodada final, mais um confronto entre as equipes, dessa vez para decidir o título.
O jogo decisivo poderia ser um filme, com grandes reviravoltas. O Maracanã estava lotado e o Fluminense abriu 2 a 0, fazendo, assim, um primeiro tempo praticamente sem erros. Veio o segundo tempo, e o Flamengo fez 2 a 1. Sorlei, pelo Flu, e Marquinhos, do rubro-negro, foram expulsos na briga pela bola no fundo da rede. Dez contra dez e o Flamengo conseguiu o empate, resultado que lhe dava o título. O Flu ainda teve Lira expulso, após disputa de bola com Fabinho.
Mas o futebol é imprevisível, mágico e o Fluminense é conhecido por ser guerreiro e lutar até o apito final. Aos 41 minutos da segunda etapa, quis o destino que a bola, em chute forte de Ailton, encontrasse a barriga de Renato Gaúcho pelo caminho e fosse às redes. Na súmula, o gol foi anotado para o meio campista.
Depois do gol de barriga, Lima interrompeu um ataque em velocidade do Flamengo, derrubando Sávio, e também foi expulso. O Fluminense terminou a partida com apenas oito jogadores em campo, dois a menos que o Rubro-Negro, mas levantando a taça de campeão Carioca de 1995.
- O gol surgiu de uma forma que eu tinha falado com o Ronald, eu disse para ele que só tinha um jeito de vencermos esse jogo. Eu iria ficar aberto na direita e quando ele pegasse na bola tocaria em mim. Eu saí driblando e quando vi era o Charles na minha frente, eu iria chutar, mas ele me fechou, cortei para um lado e para o outro e finalizei, ela resvala no Renato e sai o gol, o gol do título – explica Aílton.
Ronald se lembra perfeitamente do pedido de seu antigo companheiro de equipe. “Normalmente o lateral toca e faz a ultrapassagem, fiz o que ele me pediu e deu na maravilhosa jogada em cima do Charles Guerreiro. A sensação foi mágica, jogar no Maracanã e ser campeão. As dificuldades existiam, mas vim de um clube considerado pequeno e acostumado com elas. O que a imprensa falava na época serviu como motivação para todos do grupo. Conseguimos formar uma família unida, superando todos que eram contra”, conclui Ronald, o lateral direito do Fluminense campeão em 1995.
TEXTO: COMUNICAÇÃO FFC E FLU MEMÓRIA
FOTOS: FLU-MEMÓRIA
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