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O primeiro dia de CardioFut foi realizado nesta sexta-feira (15/08), no Salão Nobre de Laranjeiras, com palestras ministradas por grandes nomes da medicina esportiva, com foco na importância do diagnóstico e tratamento de doenças cardiológicas no futebol. No último painel da programação, o meia PH Ganso e o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt,  participaram de uma conversa sobre os cuidados com a saúde durante a carreira de um atleta profissional.

Responsável pela abertura do evento e um dos componentes do último debate do primeiro dia de CardioFut, o presidente Mário Bittencourt falou sobre a importância do Fluminense receber um congresso de cardiologia esportiva em Laranjeiras.

“Estamos muito felizes de estarmos realizando esse congresso aqui. Recebemos muita gente hoje, ex-jogadores, grandes médicos de outros clubes e de fora do Brasil. Ficamos muito felizes que o Fluminense seja, mais uma vez, pioneiro de um evento que está ligado ao futebol, mas também à saúde, somos um clube muito preocupado com isso. É um dia muito importante para nós, um dia histórico. O Fluminense não é apenas um clube de futebol, é uma comunidade, que tem responsabilidade social, com a saúde e com as pessoas”, declarou Mário Bittencourt.




O meia Paulo Henrique Ganso também esteve presente no debate e contou a experiência que teve com o diagnóstico de miocardite no início do ano. Além do camisa 10 tricolor, os ex-jogadores Washington “Coração Valente” e Ricardo Rocha também compuseram o painel.

“É um prazer, tenho um carinho enorme para falar sobre esse assunto. No final tudo deu certo. Poder passar essa experiência para as pessoas que acompanharam é muito bom, não tem preço. Espero poder compartilhar com mais gente para que mais pessoas possam se cuidar, ter um pouco mais de atenção com a saúde. Quero agradecer ao carinho que todos têm por mim e obrigado pela torcida de sempre”, falou PH Ganso.




Idealizador do CardioFut e CMO do Laboratório de Performance Humana, o Dr. Fabricio Braga explicou a origem e motivação para a realização do evento e a importância do diagnóstico precoce para problemas cardiológicos em atletas.

“Para quem trabalha com cardiologia no esporte, poder trabalhar com o topo da pirâmide, com atletas de elite do esporte mais querido do Brasil, é um privilégio. Ao longo do tempo, fomos acumulando histórias de atletas que, por terem tido seus problemas cardiológicos diagnosticados de forma precoce, continuaram suas carreiras. O CardioFut precisava contar essas histórias, contar como fazemos isso, para que isso seja multiplicado Brasil afora. A cardiologia do esporte brasileira exporta talentos, temos representantes em vários países”, contou o Dr. Fabrício Braga.




CEO da Dadoteca, uma das organizadores do evento, Mario Keller comentou sobre a importância das novas tecnologias, como a inteligência artificial, no auxílio à medicina.

“Os dados são extremamente importantes para qualquer tipo de negócio, mas quando falamos de medicina é mais importante ainda, porque se trata de vidas. Quando a gente consegue usar inteligência artificial em benefício da saúde é muito válido. Hoje, ela consegue trabalhar em diagnósticos preventivos para conseguirmos, por exemplo, no setor de cardiologia, saber se um atleta está apto ou não para executar determinada atividade. Quanto mais visibilidade e conhecimento os médicos tiverem que a inteligência artificial vem como um auxílio para a medicina como um todo é maravilhoso. Temos que passar para eles que a inteligência artificial não vem para substituí-los, mas para auxiliá-los. Quanto maior a assertividade no diagnóstico do paciente, mais vidas serão salvas”, disse Mario Keller.

O CardioFut terá continuidade neste sábado (16/08) com o tema “Do Dado à Precisão: Performance, Inovação e Gestão na Cardiologia do Futebol”. A programação terá início às 8h.

Texto: Comunicação/FFC
Fotos: Mailson Santana/FFC